31/03/2008

um filho, uma arvore, um livro

(Leia o post original aqui:[um filho, uma arvore, um livro])

dizem os anciãos da nossa tribo que só somos considerados homens depois de ter conseguido três coisas na vida, criar um filho, plantar uma arvore e escrever um livro. pessoalmente ainda só fiz uma delas e nem mesmo essa foi da forma completa como manda a tribo.

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o António Bento por outro lado, já tem dois filhos e acabou de lançar o terceiro livro. e de repente, no sábado passado, na Biblioteca de Telheiras o Fragmentos foi apresentado ao público. confesso que ainda não o li, mas adivinho desde já o enorme prazer que irei ter assim que iniciar a leitura. sei que tem vários textos escritos ao longo de alguns anos e que muitos deles serviram de 'legenda'

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é muito agradável saber que um espirito inovador e sem preconceitos, medos e incertezas por fazer algo de muito diferente está na verdade ao alcance de cada um. talvez eu venha a publicar uma das muitas histórias que andam pela minha mente, talvez a sós, talvez acompanhado, mas sempre no pensamento positivo de que fazer algo realmente diferente não é só para os mais afortunados.

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este livro deve ser lido como se presenciassemos um por-do-sol num dia de verão, em tons laranja-avermelhados, ou como se saboreássemos um conhaque raro e antigo, como se vissemos pela primeira vez o amanhecer, como se fosse um dia perfeito. fica ao critério de cada um, mas para mim as pequenas coisas da vida devem ser apreciadas com tempo e prazer.

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desejo-te um bom futuro, não só para a escrita, como para a corrida, o convivio, o trabalho (cada vez mais difícil), a saude e acima de tudo para o amor

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(ah, e em relação à profecia da tribo, desconheço se já plantou uma arvore, mas desconfio que talvez sim)

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raramente acontece, mas este post teve algumas cinco alterações até ter ficado nesta forma, e mesmo assim não estou completamente satisfeito

(Leia o post original aqui:[um filho, uma arvore, um livro])

28/03/2008

amizade e ausencia

(Leia o post original aqui:[amizade e ausencia])

ainda falta meio dia para acontecer, mas já começa a fazer um certo bichinho cá dentro.

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um colega vai fazer um upgrade de carreira, que é na verdade o fim de uma era e o inicio de outra, esta bem mais aliciante.

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estamos muito melhor quando fazemos o que gostamos e é este o caso. a opressão durou sete anos e após duas tentativas sem sucesso finalmente o deixam partir para melhor.

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como já escrevi em meios menos digitais, ainda não estás a fazer falta, ou seja, ainda não se nota, pois é dificil imaginar o vazio que seguirá à tua ausencia. como todos já lemos ou vimos em algum filme, só sentimos a falta de alguem após a sua ausencia e não antes. eu penso que é possível imaginar mas não sentir.

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por isso amigo, boa viagem!

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cá estamos para quando nos quiseres visitar

(Leia o post original aqui:[amizade e ausencia])

25/03/2008

a instabilidade da coisa

(Leia o post original aqui:[a instabilidade da coisa])

a coisa e o coiso são dois eufemismos que usamos frequentemente para quando temos falta de palavras para exprimir algo, mas que os que estiverem dentro do contexto percebem.

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arranjar maneira de referir o coiso de outra forma é por vezes muito mais dificil do que pensavamos à primeira vista, até poruqe o coiso é sempre mais giro, dá origem a interpretações menos correctas e muitas vezes caricatas.

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a piada está em fazer com que a coisa pareça mais um objecto abstracto do que propriamente aquilo que é na verdade.

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de facto a responsabilização da parte dos superiores é uma 'coisa' complicada. nem sempre há os frutos horticulas à mão para poder dar o proverbial murro na mesa, pois como a 'coisa' não ficou definida, ninguem quer pegar no 'coiso'.

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e o facto que agrava de forma absurda é (já várias vezes aqui citado) a vontade de fazer algo sem na verdade haver esforço para o fazer. exemplo: algo tem que ser feito, algo que todos querem ter, mas que ninguem quer fazer. a 'coisa' fica assim complicada, técnicamente fazível mas politicamente difícil de implementar. mais, como a responsabilidade é um fardo demasiado pesado para transportar, deixa-se tudo na nuvem, à espera que alguem se interesse pela 'coisa' e que a leve a bom porto.

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o resultado está obviamente à vista, bostada garantida.

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não é a coisa nem o coiso que estão instáveis, é antes toda a máquina que produz a necessidade para que hajam coisos e coisas mal definidas, é essa sim é a essencia que as alimenta e que em ultima análise a mantém a funcionar. ou seja, somos todos movidos a bosta.

(Leia o post original aqui:[a instabilidade da coisa])

as verdades são para ser ditas

(Leia o post original aqui:[as verdades são para ser ditas])

ou talvez não.

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um dos eufemismos desta época são as verdades. o mundo 'corporativo' (ou em português, empresarial) está cheio de falsas verdades, diz-se o que for preciso para atingir a meta a curto prazo, doa a quem doer. já não importa incentivar o espírito de equipa, o trabalhar para o mesmo fim.

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não,

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o que importa mesmo é (em vernáculo mais brejeiro) \"sacudir a água do capote\" e seguir em frente.

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quantas não são as vezes em que vos dizem hoje algo como se fosse a verdade suprema, \"que fazemos e acontecemos\", mas que amanhã, de rabinho dorido nos veem dizer que \"bom... erm... afinal... parece que não é bem assim...\". estas pessoas só teem um nome, cobardes.

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sou apologista de meter o dedo na ferida, apontar esse mesmo dedo, por vezes sujo de sangue, a quem for culpado da situação (não para me safar) com o único intuito de tentar fazer ver que nem todos são parvos e que importa corrigir o que está errado e não passar a vida a dizer sim a tudo e todos.

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acordem!

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talvez assim consigam evoluir...

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porque a verdade vem sempre, mas verdadeiramente sempre acima

(Leia o post original aqui:[as verdades são para ser ditas])

21/03/2008

grande prémio da actividade física

(Leia o post original aqui:[grande prémio da actividade física])

não é meu costume habitual anunciar acontecimentos ou celebrações, mas neste caso acho bem fazer uma excepção.

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no proximo sábado dia 29 de março, vai haver a oportunidade de andarmos pelo autódromo do estoril em veiculos não motorizados. e eu vou lá estar com a minha bicicleta para fazer um reconhecimento ao novo traçado.

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isto porque a ultima vez que lá andei, a formula 1 ainda não tinha por lá andado, foi na década de 90, entre 94 e 96, já que como não tenho fotos a provar o acontecimento a memória também não ajuda :)

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apareçam, eu vou estar por lá

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mais informações no site da Câmara Municipal de Cascais

(Leia o post original aqui:[grande prémio da actividade física])

16/03/2008

the vista flop

(Leia o post original aqui:[the vista flop])

i've been avoiding writing about the latest installment of the desktop operating system made by those guys from Redmond. some say that it is preety, others say it's the best thing ever, others even say that this is the most revolutionary thing they have ever seen!

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me? well, i've tested it twice now, the first time in a celeron 2.6ghz/512Mb machine, and the conclusion is obvious, it's rubbish! while formerly the machine worked rather well, it now crawls on the floor, with all the ram used by the operation system, and unresponsive is the best adjective one could use. you've guessed it right, i've reverted to the old version of the desktop operating system.

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the second test was made at home, using a pentium4 2.4ghz/HT + 2Gb ram. the results didn't vary that much, although the extra ram makes it perform way lot better then before.

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two simple conclusions for now, either wait for the bugfix release (they call it a service pack, who knows why?) or if you really want something preeeeeety, get a MAC.

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update!\nthere is hope, just read this: “It’s Windows Vista without the bloat!“

(Leia o post original aqui:[the vista flop])

a incerteza

(Leia o post original aqui:[a incerteza])

acordei de repente, cheio de frio.\nnão me lembrava de nada, nem mesmo o meu nome.\nestava deitado na terra húmida, algures num campo deserto.

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era noite cerrada, o vento soprava forte, como se chamasse a chuva.\nesta chegou, fraca no inicio, mas ficando cada vez mais forte.\nde repente, o instinto pela sobrevivencia foi mais forte.

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aos tropeções comecei a andar, depois a correr, sem rumo, sem direcção, apenas com o proposito de me abrigar.\ncomecou a trovejar, bem forte.\na recordacao dos ensinamentos da infancia lembraram-me de fazer as contas entre o relampago e o trovão.

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era claro, a tempestade aproximava-se rapidamente.\na chuva fria clareou o raciocinio, comecei a correr para a uma estrutura que via ao longe, mesmo no limiar do que era possível ver através da chuva, que ficava cada vez mais forte.\na estrutura estava cada vez mais proxima, já tinha forma, um palheiro sem portas.

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melhor que nada, pensei eu.\nexausto, atirei-me para cima da palha.\nmá ideia, estava ensopada da chuva.

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levantei-me a custo como se pesasse uma tonelada.\nretirei a palha molhada para o lado, ate que finalmente consegui sentir-me seco.\nadormeci.\n...\num cao ladrava, alguem gritava, sons de badalos, foi assim que fui arrancado de um sono profundo.\ntudo me doía, espirrei.\nalguem ouviu o meu espirro e aproximou-se.

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ouvi um som metalico característico, uma arma a ser armada.\nsenti um enorme calafrio, seria eu um fugitivo, ou estava apenas a invadir propriedade privada?\ntal como um suspeito faz, ergui-me com as maos à vista.

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o homem apareceu com uma caçadeira apontada, disse algo que eu não percebi de imediato, falava talvez num dialecto estranho, interior, rural.\nperguntava talvez o que eu fazia ali.\ntentei falar, mas nem a minha propria voz eu reconhecia.

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balbuciei devagar que não sabia como tinha ido até ali.\no homem não quis saber pormenores, obrigou-me a entrar na caixa do tractor, para onde também seguiu o cão.\nali fiquei por tempo indeterminado, assustado com o rosnar continuo do cão de guarda, que mesmo sedo pequeno metia respeito.

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aproveitei aquele lugar seco e abrigado e contra todas as espectativas, voltei a adormecer.\nnem me apercebi que o tractor tinha iniciado a marcha e que me estava a levar para longe do campo.\nfui acordado com uma pancada rude nas pernas, dada pelo rijo cajado do aparente pastor/agricultor.

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a custo saí da caixa, olhei em redor, estava numa quinta, de aspecto rudimentar.\nalguns trabalhadores olharam para mim com desprezo, outros simplesmente riam-se.\nque mal teria eu feito? nem sequer me lembrava do meu nome, do que fazia na vida, como ali tinha chegado, quem eram eles para me julgar?

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...

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deram-me de comer, uma papa fria e sem sabor.\ncontinuava a ouvir risos e gargalhadas ao longe, continuava sem saber porquê.\na incerteza começava a instalar-se.

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seria eu um fugitivo?\nestaria com amnésia?\nbolas!

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subitamente tudo se tornou num grande turbilhão, como se o mundo estivesse a ir pelo cano abaixo, perdi a consciencia...\nacordei num chão frio de madeira, tinha o braço encharcado, no chão ao meu lado estava uma garrafa de plástico deitada, meia de água. tudo me doía...\nfoi um pesadelo, caí da cama...\n(C) 2008 Luis Correia

(Leia o post original aqui:[a incerteza])

06/03/2008

ser estúpido ...

(Leia o post original aqui:[ser estúpido ...])

... é apenas triste, nada de mais.

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tenho mesmo muita pena de quem tem a (in)felicidade de ser bronco, estúpido, camelo, idiota, pacóvio e lambe-botas (já estão a ver onde é que isto vai dar)

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quando falei do tema da virtualização aqui hà uns dias, lembrei-me que podia também falar do brilhante conceito que é o out-sourcing. claro que sendo eu, não uso o termo de animo leve, uso-o na sua forma mais literal de 'responsabilizar outros', ficando com os louros apenas se a coisa correr bem.

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o que normalmente se faz é agarrar num grupo de key-(l)users, definir uma estratégia, nomear um bode espiatório (chefe de projecto) e fazer o célebre caderno de encargos. depois abre-se um concurso público e espera-se resultados. normalmente ganha quem apresentar o preço mais baixo, o que não é de espantar.

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agora sugiro um exercicio de estilo, esqueçam a 'regra' normal e vejam a coisa por outro lado, façam antes out-sourcing do chefe! vejamos as vantagens:

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  1. a coisa tem uma duração pré-estabelecida
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  3. tem um plano de principio, meio e fim
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  5. se correr mal, a culpa é do out-sourcer
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  7. tem uma 'morte' anunciada (acho que referi esta duas vezes)
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  9. no proximo projecto há fortes possíbilidades de ser colocado outro 'cromo'
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vou referir ainda outras vantagens menos óbvias: o conhecimento das coisas está com quem as faz (in-house), o preço final fica mais barato, pois mesmo sendo chefe, é só um em vez de uma tonelada de robots para coçar a micose durante 3 meses e fazer o trabalho todo no último mês antes da entrega acordada, menos trabalho para as equipas que criam as contas de login e email, menos espaço ocupado nos file-servers com MP3, apenas um lugar na garagem (que nem sequer deveria existir para essa corja)

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e depois acabava-se de uma vez por todas com as guerrinhas de poder, com os poleiros e com a estupidez que grassa na nossa classe pseudo-dirigente

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e por esta e muitas outras razões é que ser estúpido não é uma arte como muitos pensam, é apenas triste... mesmo!

(Leia o post original aqui:[ser estúpido ...])
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